sexta-feira, 22 de março de 2013



Workshop de sensibilização à Arte-Terapia, com técnicas para o desenvolvimento pessoal e para uma experiência de criatividade  em contacto com o seu mundo sensível.

Criar “Mundos Possíveis” é concretizar o que se imagina, o que se sonha e desenvolver o melhor de si.

Através das várias formas expressivas das artes, a pessoa comunica e explora os seus sentimentos, entretanto não é preciso ter prática ou habilidade artística, apenas vontade de soltar a imaginação e se aventurar pela criatividade contatando com as suas verdadeiras emoções.
 
Atividade realizada no âmbito do Mestrado de Educação Artística - FBAUL
 
Destinatários: Profissionais e estudantes de diversas áreas, e todos os interessados na ARTE-TERAPIA (maiores de 18 anos).
Não é necessário ter prática ou experiência artística.

Arte-Terapeutas: Daniela Martins e Cátia Guimarães (membros da Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia)

Dia: 20 de Abril 2013 , das 14h às 18h
Local: Faculdade de Belas Artes de Lisboa – Chiado, Sala 363
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes, 1249-058 Lisboa

Inscrições: spat.pt@gmail.com e Tel. 210998922 (enviar nome, contatos, profissão)
Custo para estudantes Fbaul: 10€ (enviar comprovativo) -     Outros: 15€
 

Pagamento:
Transferência bancária ou depósito:
Conta C.G.D. - 0197018099830 ou NIB: 003501970001809983027
Enviar por email (spat.pt@gmail.com) comprovativo de pagamento.
A inscrição no workshop só é considerada após o pagamento da mesma.
Em caso de desistência não fazemos devolução do pagamento.

O workshop se realiza com o mínimo de 7 pessoas e o máximo de 20.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR:
- Os participantes devem levar uma almofada e uma manta que possam colocar no chão
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quarta-feira, 6 de março de 2013

O desenho poético/narrativo das crianças (e de alguns adultos)



Que coisa linda e abençoada. Marc Chagall em seu estúdio, em 1955.
Este homem era muito especial. Adoro a poesia da sua pintura. Tão simples e tão preenchida de amor.


Crianças pequenas, eventualmente até entrarem para Primária (na maioria das vezes têm o curso da sua criatividade estragada pelo ensino formal, ou como diria o querido Eurico Gonçalves, "A escola estraga tudo!") quando desenham são capazes de narrar histórias, normalmente com início, meio e fim. Uma narrativa fantástica, divertiva, com os seus elementos preferidos, significativos, que fazem parte do seu mundo.
Ao criar essas histórias ilustradas, ou, ilustrações "historiadas", narradas, contadas, proseadas, constroem a sua poesia e organizam o seu mundo.
É encantador acompanhar esses desenhos narrados, declamados, "viajados".

Alguns anos depois, não muitos a frente, a tendência é a criança perder essa capacidade narrativa e imaginativa. Os desenhos passam a ser imagens muito concretas, daquelas que "fazem sentido", daquelas "que são reais". Porque de repente a fantasia é coisa para as crianças pequenas...e já se é crescido e isso já não faz mais parte...

É claro que as crianças crescem e mudam seus interesses, mas deveriam a ser estimuladas a não mudar o seu caminho criativo e não deixar de alimentar a sua imaginação. Mais a frente já nem sabem o que desenhar, precisam de modelos, protótipos, exemplos, querem fazer "bem feito"... E quando fazem bem feito é muito comum fazerem o desenho mais sem expressão e significado próprio possível. Aquilo é bem feito, faz todo o sentido, mas não significa emocionalmente nada para criança.

O que me emocionou nessa foto é que Marc Chagall não deixou de desenhar como essas crianças pequeninas que narram histórias e criam poesia com o seu mundo imaginativo. Não deixou ou voltou a desenhar como uma criança. Bom, eu já sabia disso. Mas essa foto, dentro do seu atelier, com uma tela sendo desenhada me deu uma sensação de poder penetrar um pouquinho nesse seu mundo tão sensível e poético, e relembrar que desenhar como uma criança pequena é tão fácil. E como elas são felizes quando desenham assim!