domingo, 19 de abril de 2015

À medida que a imaginação dá um corpo
às formas das coisas desconhecidas, 
a pena do poeta empresta-lhes contornos,
dando ao vazio e ao nada uma casa,
um sentido e um nome
 
Shakespeare,
Sonho de Uma Noite de Verão


Na História da Arte-Terapia estão presentes as manifestações artísticas espontâneas, as 
que tocaram com profundidade o sensorial humano, e os processos de criação imbuídos de 
emoção. Obras que foram utilizadas como um meio de representação do mundo sensível e do 
pensamento existencial, de maneira a compreende-los melhor e adaptar-se ao seu meio 
ambiente de maneira harmónica, encontrando mais sentido em si, nas suas relações, e em tudo o que o rodeia. 

A História da Arte-Terapia é uma história de saúde, de crescimento e de vida. Não é a 
“história da loucura” e da doença, onde comumente se faz associações com a arte, como se 
para criação artística seja necessário um gênio louco ou motivações doentias. Como se toda 
obra mostrasse traços psicopatológicos do seu criador. Como se a arte pura e simplesmente 
fosse provedora de cura… Na História da Arte-Terapia fazem parte os fatos que marcaram a 
busca e a necessidade do ser humano, desde tempos remotos, em utilizar a arte para ir ao 
encontro de melhores soluções para sua vida, de resolução de conflitos e de meio expressivo e relacional.