Palavras-chave:
Potencialidades artísticas, criatividade, construção, crescimento pessoal
Resumo:
O processo em Arte-Terapia extrapola o trabalho mental atingindo seus objetivos de crescimento e transformação interior através de meios concretos: pela manipulação da matéria como meio para fins terapêuticos. O fazer é intrínseco à atividade criadora; não basta pensar e imaginar, não basta aceder o conteúdo sensível e espiritual, há que se construir.
Gaston Bachelard (1991) ilumina a ideia ao focalizar o conhecimento das vontades subtis da matéria através do ‘tato imaginante’, ou seja, do tato que nos liga ao mundo sensível, aos conteúdos imaginários, ao fazer, ao construir, dando “vida” à matéria inerte ao aceder aspetos da própria vida do indivíduo (força anímica criadora).
É pela imaginação que esse caminho é traçado, mobilizando o potencial formador da matéria por meio das imagens que são projetadas pelo criador. Fazendo uso das potencialidades do material, funde-se a ele. Projeta e vê-se a si mesmo na imagem: “As imagens que fazemos da matéria são eminentemente ativas, (…) elas nos sustentam assim que começamos a confiar na energia de nossas mãos”.