quarta-feira, 2 de maio de 2018

Arte, raízes e história

Um artista que aprecio tanto a sua pintura, as suas cores, as suas formas...numa época em que é difícil sentir esses elementos básicos na arte contemporânea. Me faz bem aos olhos e ao sentir. As cores de Luiz Áquila me confortam. A abstração deixa fluir. É como se fosse um cobertorzinho quente que me acolhe os sentidos.

Luiz Áquila é um artista do Rio, com um percurso muito ativo que o destacou no cenário da arte brasileira. Uso um vídeo seu numa das aulas de História da Arte que dou todos os anos. Nesse vídeo ele define bem alguns conceitos artísticos que a Arte-Terapia vai beber, como a função social da arte, a criação/fruição da arte, forma e conteúdo. O fazer na arte, o saber através da arte. E pontes, a arte como uma ponte entre o Si Mesmo e o Mundo.

"Como nós não somos inteiros precisamos de arte."

                                                                                                                                                   (1987)

Sim, sim precisamos! Navegar é preciso, viver não é preciso!

Precisamos de arte mais do que podemos imaginar!



Depois, numa coincidência, mesmo não acreditando em coincidências, até porque foi através disso que eu o conheci (o seu trabalho, não pessoalmente). Amamos os dois uma cidade da serra do Rio que se chama Petrópolis. Linda, antiga, cheia de história.

Em Petrópolis tenho minhas raízes, boas histórias e boas lembranças. Grandes e pequenas lembranças, como as pantufas divertidas do Museu Imperial. O Crémerie, o Palácio de Cristal, a Catedral, as amigas de infância. A missa com a avó.

As casas, as ruas, a arte, coisas que vim a redescobrir mais tarde. Mas que me são sempre muito familiar. Histórias...contar histórias é preciso!

                                                      (Casa do Ipiranga ou Casa dos Sete Erros)